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Quais os principais problemas que um mau gestor pode causar na empresa?

dez 21 de 2022
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Os gestores são importantes para gerenciar uma equipe com diferentes hábitos, personalidades e costumes, trabalhando em conjunto para que todos alcancem o objetivo do projeto e da organização. Porém, quando a pessoa responsável por isso é um mau gestor, isso pode acarretar prejuízos à empresa e aos colaboradores.

Além disso, o gestor deve motivar a equipe e conferir se todas as atividades estão sendo realizadas no prazo, lidando com conflitos e empecilhos, sabendo dar um bom feedback.

Os problemas causados por uma pessoa que não consegue liderar corretamente podem começar com o estresse: a Associação de Psicologia dos Estados Unidos afirma que 75% dos trabalhadores estadunidenses dizem que seus chefes são a maior causa de estresse no emprego.

Os prejuízos podem ser desde a perda de talentos até financeiros. O #BlogHBit de hoje traz os principais problemas que podem ser causados por um mau gestor – e alguns deles podem ser definitivos.

Mas, primeiro, que tal avaliarmos quais as principais funções do gestor em uma empresa, para pensarmos onde um mau gestor pode errar?

Quais as funções de um gestor?

O gestor, ou líder, é aquele que ocupa uma posição de responsabilidade na organização, porque ele é encarregado de planejar, analisar, construir, conduzir e monitorar tarefas de todo um time.

Suas principais funções são:

  • Planejar estrategicamente os projetos que serão desenvolvidos pela equipe;
  • Delegar tarefas entre o time;
  • Distribuir adequadamente os recursos disponíveis;
  • Definir metas e objetivos;
  • Motivar e engajar os colaboradores;
  • Gerir conflitos e crises;
  • Mensurar e analisar os resultados;
  • Ajustar estratégias;

Assim, o gestor é quem motiva a equipe e faz com que todos os projetos realizados por ele funcionem e alcancem os resultados esperados. 

Principais prejuízos que o mau gestor causa na empresa

Desmotivação dos colaboradores

Um líder ruim, antes de tudo, acaba desmotivando sua equipe. Essa desmotivação pode levar à procrastinações e absenteísmos. Segundo um estudo realizado pela consultoria de recrutamento, Michael Page, as principais razões para um colaborador desmotivado são relacionadas ao gestor:

  1. Liderança sem referência: neste ponto, diz-se a respeito de um líder que se torna ausente das atividades diárias. Essa ausência é sentida pelo time, que começa a se sentir desmotivado;
  2. Falta de reconhecimento: a motivação pode melhorar pelo reconhecimento de cada ação feita pelo colaborador. Assim, ele sente que seu trabalho está sendo valorizado e que contribui para as realizações maiores, menos com as pequenas tarefas do dia a dia;
  3. Falta de feedback: para se sentir parte do processo, é importante que o gestor diga ao funcionário quais os pontos que ele precisa melhorar e em quais outros ele está satisfeito;
  4. Equipe sem treinamentos: este ponto diz respeito à integração profissional, o chamado onboarding, que ocorre em forma de treinamento, normalmente, assim que a pessoa começa a trabalhar na empresa. Quando falta este treinamento, o colaborador pode não entender como a empresa funciona e como ele pode fazer parte do processo;
  5. Delargar x delegar: é sempre importante entender que delegar uma tarefa significa que o líder precisa acompanhar a realização dela, orientar, cobrar e receber feedbacks da mesma. Quando esse processo não é acompanhado, o gestor abriu mão da tarefa dele, sem se preocupar com o andamento dela e com o funcionário e, eventualmente, acaba perdendo o comando do time;
  6. Falha na contratação: isso pode acontecer quando, no processo de contratação, ao invés de se preocupar em contratar a melhor pessoa para o time, o líder só quer contratar alguém rápido, podendo admitir um profissional que não possua os mesmos valores da empresa e com perfil diferente do necessário. O que causa um estresse no resto da equipe e até mesmo no novo colaborador contratado;
  7. Excesso de reuniões: reuniões podem ajudar no entendimento dos processos e determinar quais etapas deverão, e quando, ser realizadas, principalmente no contexto de trabalho remoto. Entretanto, quando em excesso, pode atrapalhar o rendimento do time.

Troca de funcionários

Quando a desmotivação atinge um limite um dos prejuízos é a rotatividade excessiva de colaboradores. A mesma pesquisa da Michael Page aponta que 8 em cada 10 funcionários pedem demissão por causa de seus chefes. Segundo o estudo, o desempenho abaixo do que se espera de um líder é o principal motivo tanto daqueles que pedem para sair da empresa, quanto para aqueles que estão desanimados com o trabalho.

Os outros motivos que podem levar ao pedido de demissão, apresentados na pesquisa, e que são relacionados diretamente com a atuação do gestor, são:

  • Sentimento que o chefe não é um líder ou exemplo no dia a dia;
  • Falta de crescimento profissional;
  • Falta de feedback para desenvolvimento profissional;

Problemas de saúde no colaborador

Pesquisadores da Harvard Business School e da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, descobriram que estresses comuns no trabalho podem ter os mesmo efeitos negativos que a exposição a uma quantidade considerável de fumaça do cigarro dos outros, que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), podem ser desde reações alérgicas, como rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma, e até infarto agudo do miocárdio e câncer do pulmão.

Esse estresse e ansiedade impactam mais ainda o ambiente de trabalho, resultando em muitos erros cometidos pelo colaborador, aumento das situações de conflito entre o time, isolamentos dos funcionários e problemas de interações entre eles, além dos já citados aumento do absenteísmo e falta de produtividade.

Eventualmente, o estresse pode causar o burnout, que, de acordo com o Ministério da Saúde, é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Segundo pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR), 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela ocasionada pelo estresse, desses 32% deles sofreriam de burnout e 92% das pessoas com a síndrome continuariam trabalhando.

O burnout ocorre por conta de uma rotina estressante e pode acarretar em fadiga constante, dores musculares, distúrbios de sono, enxaquecas, problemas gastrointestinais, transtornos cardiovasculares, como hipertensão e infartos, falta de concentração, alterações de memória, sentimento de solidão, entre outros problemas.

Por fim, esses reflexos na saúde mental podem ser permanentes para o colaborador, levando-os por toda a sua vida e afetando-os até mesmo quando saem da organização que acarretou esses problemas.

Perda financeira

Tanto a desmotivação quanto a demissão podem trazer gastos inesperados e, até, quase imperceptíveis, mas que, somados, podem trazer prejuízos para a empresa.

A desmotivação pode resultar em procrastinação que, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Gallup, nos Estados Unidos são perdidos 84 milhões de dólares por causa da falta de produtividade.

E mesmo quando a pessoa é demitida, se tem mais gastos: como a multa por desligamento, décimo terceiro e férias proporcionais, todo o custo da atenção e tempo do processo demissional para a equipe de RH, além do tempo e dinheiro investidos em uma nova contratação.

Por fim, a saúde mental que foi afetada por um mau gestor também prejudica a economia mundial, como mostra essa pesquisa da OMS. Depressão e ansiedade custam 1 trilhão de dólares para a economia mundial e a cada dólar investido em tratamentos há um retorno de quatro dólares em termos de saúde e capacidade dos trabalhadores.

E para você, o que se caracteriza como um mau gestor? Nos conte nas nossas redes sociais!

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